Eu demando uma pequena pausa por motivos de força maior. Viajo amanhã e não devo atualizar o blog a distância, mesmo com as fluidas fronteiras cibernética.
Mas deixo uma dica antes: "My Blueberry Nights", de Wong Kar Wai - como você deve perceber logo no começo, se já estiver familiarizado com a figura. Esse é o primeiro filme em inglês do diretor que tb assina pérolas como "Amores Expressos", "Amor a flor da pele" e "2046".
Trilha sonora de Cat Power e Nora Jones, as duas também estão no filme. Nora é a protagonista, Cat faz uma ponta.
Enfim, de onde eu venho o período de uma semana é bastante relativo. Sei que vocês estão sedentos por novos textos, mas este vai ser rapidin.
Só queria avisar que já está rolando no youtube o trailer de Blindness, o novo filme de Fernando Meirelles. Para quem não sabe, trata-se de uma adaptação do livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago.
Ok, a voz em off, que é a mesma de todos os trailers dos EUA, é meio xarope, mas isso a gente releva. A fotografia brancona ficou muito legal! E quem reparou que eles usaram tripé? Algo, no mínimo, inusitado vindo de Fernando Meirelles. Não sei se acho isso - o tripé - exatamente bom, vamos ter que ver para ver...
Nos meus links tem o blog do filme, escrito pelo próprio diretor, e eu garanto que todos os posts valem muito a pena! Gente, além de genial, o cara é muito simpático. Mas se você não leu o livro é melhor também não ler o blog para não estragar a surpresa.
Ok, eu sou uma péssima blogueira, mas não desistam de mim! A partir de agora, prometo atualizações, no mínimo, semanais.
Inclusive, esse post é da semana passada, quando eu fiz uma mini-maratona Weeds. Assisti a segunda e a terceira temporada inteiras em 2 dias. O que eu posso dizer? O negócio vicia (entendeu?) e, como já tinha dito antes, tenho bastante tempo livre.
Para quem não conhece, "Weeds" é o nome de uma série em que a personagem principal, Nancy - uma dona de casa de classe média/alta, começa a vender maconha na sua vizinhança (um subúrbio californiano) para sustentar a família, depois que seu marido morre de um ataque do coração, sem lhe deixar um puto.
Acreditem, a série é ge-ni-al! E aviso logo aos caretas de plantão que ela não é apologética, mas, obviamente, propõe (indiretamente) alguma reflexão sobre a descriminalização da maconha.
Na verdade, a medida que Nancy vai entrando no esquema, vão surgindo mais e mais problemas, como uma bola de neve mesmo. Na terceira temporada, seu filho mais velho também se envolve com o “negócio da família”, coisa que ela desaprova, enquanto o mais novo começa a falar com o pai morto, uma vez que se sente desprotegido pela mãe, irmão e tio ausentes (e traficantes).
Sim, tem o tio também. Na verdade, ele é o cunhado de Nancy e, além de maconheiro e ninfomaníaco, tem só 8 dedos do pé, mas um bom coração. Seria cômico se não fosse trágico. Seria trágico se não fosse cômico.
Shane, o filho mais novo, é meu personagem favorito!
Depois destes vídeos (viva o youtube!), eu ainda preciso dizer alguma coisa?
Tudo seria perfeito se não fosse a participação especial de Mary Kate Olsen, seu biquinho nojento e seu traseiro esquelético. Mesmo que ela interprete uma fanática religiosa que acredita que Deus quer que ela venda maconha e compre uma BMW.
A série é muito boa mesmo, eu recomendo! Antes de terminar, não posso deixar de compartilhar como vocês a letra da música de abertura:
Little boxes on the hillside,
Little boxes made of ticky-tacky,
Little boxes, little boxes,
Little boxes, all the same.
There's a green one and a pink one
And a blue one and a yellow one
And they're all made out of ticky-tacky
And they all look just the same.
And the people in the houses
All go to the university,
And they all get put in boxes,
Little boxes, all the same.
And there's doctors and there's lawyers
And business executives,
And they're all made out of ticky-tacky
And they all look just the same.
And they all play on the golf-course,
And drink their Martini dry,
And they all have pretty children,
And the children go to school.
And the children go to summer camp
And then to the university,
And they all get put in boxes
And they all come out the same.
And the boys go into business,
And marry, and raise a family,
And they all get put in boxes,
Little boxes, all the same.
Como esse blog já nasceu meio ultrapassado, vou vestir a carapuça e comentar a morte (absurda) de Heath Ledger, pois confesso que ainda não digeri essa história muito bem.
“Morte causada por intoxicação acidental(?) de remédios prescritos com efeitos calmante e sonífero”, anunciaram os jornais. Nesse dia, 06/02, ainda imersa em meu luto, decidi honrar a memória de Heath - sim, nós éramos íntimos o suficiente para chamá-lo assim - fazendo um pequeno tributo ao início de sua carreira cinematográfica. Procurei, então, o dvd de "10 coisas que eu odeio em você" na minha estante, fiz pipoca de microondas, sentei no sofá e entrei numa máquina do tempo.
A primeira vez que assisti esse filme foi em 1999, com o meu primeiro namorado - um cara que hoje diz não ver mais comédias românticas, porque, durante o um ano e três meses que estivemos juntos, assistiu o suficiente por uma vida (tolinho...). Lembro que saí do cinema completamente apaixonada por Verona, além de decidida a comprar um CD do Letters To Cleo.
Bem, isso foi há quase dez anos atrás... Hoje, eu tenho dois CDs da banda, e Heath tinha o telefone de Mary Kate Olsen gravado no speed dial do celular. É, como diria a fofa da Corinne Bailey Ray: “the more you stay the same, the more things seem to change”. Não que eu seja a mesma pessoa que era aos 15 anos, mas gosto de pensar que consegui preservar a minha “essência” - seja lá o que isso quer dizer.
Depois de rever o filme, percebi que ele era mais tosco do que eu lembrava, mas não se trata de um tosco ruim, muito pelo contrário. Na verdade, ele faz um estilo sessão da tarde, sabe? Acho que isso tem a ver com o clima high school, talvez. Inclusive, atrevo-me a dizer, que "10 coisas que eu odeio em você" produz em mim o mesmo efeito de "Curtindo a vida adoidado" - minhas desculpas, não tão sinceras, aos cults de plantão.
Apesar de não ser um clássico, como "Um morto muito louco 2" ou "Garota rosa-choque", "10 coisas que eu odeio em você" tornou-se um clássico para mim. Por isso, enquanto a maioria das pessoas lembrarão de Heath Ledger como Ennis Del Mar, o cowboy gay do premiado "Brokeback Mountain", eu sempre vou lembrar dele como Patrick Verona cantando Can't take my eyes off of you.
Enfim, acho que estava precisando desse desabafo. Valeu, Brasil!
Ok, esse blog não tem uma explicação muito extraordinária. Basta dizer que atualmente eu tenho bastante tempo livre e achei que seria uma boa idéia investir em algo mais produtivo (ou não), como escrever. Além do mais, todos os meus amigos estão fazendo!
Bem, ainda não sei exatamente qual é o tema desse blog, mas já sei que ele não é, nem será, sobre mim. Então, a princípio, vocês podem ficar tranqüilos - esse é o meu primeiro post, por isso ainda não quero fazer muitas promessas.
Gosto de cinema, talvez, ele seja sobre isso. Mas eu também gosto de várias outras coisas, como esportes radicais, body modification e comida macrobiótica. Opa, já estou falando de mim, né?
Esse primeiro registro foi só para começar a coisa toda. Ele vai ser curtinho, porque, como vocês viram, ainda não sei do que estou falando. Mas voltem amanhã! Fica aí um videozinho para ninguém perder a viagem.
